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“Mais uma dose de Empatia, por favor!”

Equipa

Se há alguns anos a empatia aparecia no contexto empresarial timidamente como uma “soft skill”, hoje em dia começa cada vez mais a forçar o seu espaço e o seu lugar.

Segundo Brené Brown, investigadora da Universidade de Houston, a empatia caracteriza-se essencialmente por quatro atitudes:

– Assumir a perspetiva da outra pessoa,

– Afastar-se do julgamento;

– Reconhecer a emoção do outro;

– Saber comunicar essa emoção

As organizações, focadas tantas vezes estritamente nos KPI’s, OKR’s e demais métricas sobre os resultados a atingir, têm relegado para segundo plano comportamentos e atitudes. E é pena. Segundo o Empathy Index, citado pela Harvard Business Review, a empatia nas organizações tem uma corelação direta com o crescimento do negócio, produtividade, remunerações mais elevadas e melhoria dos índices de retenção.

A capacidade de compreender e partilhar os sentimentos do outro, mais do que um imperativo moral, torna-se cada vez mais também uma vantagem estratégica, sempre que se conseguir converter esse conhecimento em outputs e ações que criem resultados efetivos. Trata-se de criar uma cultura de confiança, respeito e colaboração que leva ao sucesso da organização.

Organizações onde a empatia é presença constante são mais inovadoras, diversas, produtivas, menos stressantes e consequentemente mais saudáveis. A empatia é fundamental na construção de uma cultura colaborativa forte.

 A inovação, quer seja ao nível dos produtos, processos ou estratégia só é possível se houver espaço para a experimentação e para o erro, sem julgamentos e com a capacidade de nos lembrarmos que também nós nem sempre conseguimos o melhor resultado à primeira tentativa. Se a crítica feroz for a primeira reação perpetuaremos o status quo e estaremos fechados sobre nós próprios, crentes num “sempre se fez assim” impenetrável.

A empatia assume também um papel fundamental na criação de espaços psicologicamente seguros e na sinalização e identificação de questões do foro da saúde mental. A capacidade de olhar (e ver!) o outro, nas suas várias dimensões, pode ser o primeiro passo para compreender que algo não está bem e dar o alerta atempadamente. A ausência de julgamento e a capacidade de nos colocarmos, de igual para igual, no lugar do outro confere uma proximidade que facilmente se torna a chave para desbloquear qualquer receio de partilha, constrangimento ou estigma e que pode permitir o início de um processo crucial na vida daquela pessoa.

O papel das lideranças é por todas estas razões absolutamente fundamental. Líderes empáticos são uma necessidade e cada vez mais um requisito por parte das equipas.

A liderança empática eficaz é multifacetada e caracteriza-se desde logo por evitar assunções negativas, procurar a verdadeira raiz dos problemas e escutar ativamente, ouvir e valorizar os diferentes pontos de vista, validar e valorizar os esforços e os sentimentos dos colaboradores e ter genuíno interesse no seu bem-estar.

A cultura das organizações sai reforçada com atitudes e comportamentos empáticos onde os colaboradores se sentem ouvidos, tidos em conta e valorizados.

E a boa notícia é que a empatia é contagiosa. É só não a recear.

Por Filipa Ledo, Gestora de RH na Innovarisk

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