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Inovação e Transformação digital em Seguros

mercado segurador

Nos finais do século XVII Edward Lloyd teve um papel transformador na história do seguro marítimo. Ele era o proprietário de uma taberna, em Londres, próxima das docas onde se encontravam armadores, comerciantes e seguradores. O Lloyds Coffee House, tornou-se no local onde as pessoas podiam discutir o risco dos transportes marítimos e foi ali que os comerciantes procuraram proteger-se contra os riscos de naufrágio, pirataria entre outros. Lloyd foi pioneiro a registar a informação das embarcações e mercadorias e a padronizar os termos seguros, o que mais tarde, deu origem ao Lloyd’s of London, um mercado de seguro e resseguro mundial. 

Alguns séculos depois, estamos perante uma nova era de mudança, a da transformação digital. Num mercado em que surgem cada vez mais insurtechs, as seguradoras estão a alterar os modelos de negócio com o objetivo de terem um modelo operacional ágil e digitalmente compatível com as necessidades de clientes, parceiros e colaboradores. Os grandes marcos tecnológicos são:

Inteligência Artificial -A IA traz uma potencial melhoria na relação com os clientes, através de melhores interações, com maior eficiência dos processos e eficácia nas tomadas de decisões.  A IA generativa vai desde a criação de textos e imagens, à criação de código de programação ou a criação de assistentes virtuais, entre muitos outros.

Blockchain – De uma forma muito simples, o blockchain é uma base de dados digital que regista transações em blocos encadeados. Cada bloco é protegido por uma assinatura criptográfica e ligado ao anterior, formando uma cadeia. Qualquer alteração de registos é visível para todos os participantes. Qual a grande vantagem? A informação é descentralizada, todos os participantes controlam a cadeia dispensando uma autoridade central, e a informação torna-se imutável conferindo maior confiança e transparência dos registos.

Internet of Things (IoT)  – A Internet das coisas é uma rede de dispositivos físicos, veículos, eletrodomésticos e outros objetos físicos que estão ligados à internet e que permitem registar dados em tempo real. Um exemplo, em grande crescimento, são os wearables associados aos seguros de saúde. Os smartwatches permitem captar informação (saúde e estilo de vida) que pode funcionar como meio de prevenção de sinistros.

Big data e analytics – Atualmente, o crescimento dos dados é exponencial e sem precedentes. A IoT traz mais informação às seguradoras que procuram identificar padrões de comportamentos, encontrar correlações desconhecidas e descobrir as preferências dos consumidores. Mas, também mais desafios, muita informação irrelevante, dificuldade em encontrar a informação certa, várias versões da “verdade” e falta de integração dos sistemas.

No final do século XVII, os comerciantes entraram no mundo dos seguros para garantirem a sua sustentabilidade, assim como hoje as seguradoras se têm de transformar digitalmente.  Há um grande potencial nestes 4 marcos tecnológicos no mundo segurador. Este darwinismo digital obriga a um (re)alinhamento estratégico e à definição de um roadmap digital.

Uma grande parte da transformação digital passa por uma transformação na forma como pensamos, ou seja, passa primeiro por uma transformação pessoal.

por Filipa Ferreira, Coordenadora de Operações & Finance

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