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Uma vida (in)segura

mercado segurador Sinistros

Lembro-me da primeira vez que contratei um seguro, para o caso em concreto, uma viagem à neve: tinha 16 anos, e, apesar de ser costume ouvir, “para quê?” no que respeita à contratação de um seguro de viagem, naquela viagem, para mim, ficou esclarecida a necessidade. – Na realidade, tratando-se de uma viagem à neve, a meu ver está mais do que justificado. Contudo,  marcou-me especialmente o acompanhamento após uma lesão num ligamento cruzado: exigiu meses de fisioterapia, acompanhamento médico, exames e uma eventual operação que felizmente acabou por ser evitada – tudo coberto.

Mas afinal para que serve um seguro?  Como seria a vida de uma pessoa se não existissem seguros? 

Acorda de manhã, rotina natural do dia-a-dia durante o pequeno almoço sente que tem uma dor de dentes e lembra-se que tem consulta no seu dentista habitual ao final do dia. Fecha a casa e segue para o seu trajecto habitual, pega no carro para o deixar na estação de comboios mais próxima. Apanha o comboio e vai directo para o local de trabalho. Chega ao local de trabalho, o dia de trabalho corre normalmente, ao final do dia desloca-se para o dentista: preço de tabela e como não existem seguros não há reembolsos nem descontos, regressa à localidade onde reside, ainda a pensar na conta do dentista, distrai-se e ao fazer marcha atrás dá um toque num outro carro que circulava no parque. Sai do carro dá o seu contacto ao proprietário do carro que danificou. Comprometendo-se no dia seguinte encontrarem-se na sua oficina habitual para reparar os danos causados no carro, guardando os danos que causou no seu próprio carro para outra altura. Desapontado chega a casa, faz as contas à vida e pensa o rombo financeiro que foi o dia que passou, e o bom que seria se houvesse uma solução. Adormece e sonha que teve uma rutura de água em casa – no sonho liga para o técnico, pede um relatório e um orçamento dos danos causados, faz a participação ao seu seguro, indica os danos causados pela ocorrência. Rapidamente a sua casa volta ao estado anterior à rutura. – acorda e pensa era bom que assim fosse.

Sei que é uma visão otimista mas o seguro serve para isso mesmo, pagamos um prémio exatamente para que nesses acontecimentos pontuais podermos ter quem dê um passo à frente por nós. Estamos mais seguros. Assim existem os seguros obrigatórios exatamente para garantir que nós (dependendo do seguro) ou os outros recuperam o que era seu e que perderam tentando reduzir ao máximo o incomodo. Os seguros não obrigatórios por sua vez, vêm completar este registo.

Por Filipa Xara-Brasil, Gestora de Sinistros

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