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Blog - Para Quê? Como? Quanto? Onde? – Parte 2: Como?

Para Quê? Como? Quanto? Onde? – Parte 2: Como?

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Depois de definirmos qual o nosso objetivo (por exemplo proteger o Balanço da minha empresa se tiver de fazer face a despesas para reconstruir a fábrica), sobre o qual escrevi o 1º artigo, fica mais fácil então no pensarmos o “Como”.

As empresas e famílias têm de ter alguém nas suas organizações que pense na gestão de risco! A gestão de risco não é um custo. Tem um custo, claro, mas é um investimento para garantir a continuidade da empresa ou da qualidade de vida da família.

A gestão de risco vai muito para além do seguro, embora não seja esse o âmbito deste artigo – preferimos ensinar ou proibir os nossos filhos a não jogar à bola numa loja de cristais do que acionar um seguro de proteção familiar mas no limite ambos são necessários – o seguro é a última boia de salvação quando tudo o resto não é suficiente e os seguros mais importantes são normalmente aqueles que o consumidor tende a não comprar porque são azares que “nunca acontecem”.

Qual o sentido de comprar um seguro sem fenómenos sísmicos? Porque é muito improvável? E se acontecer o muito improvável? Ficamos sem casa para viver? Também se ouve muito o “quero segurar por metade do valor porque nunca roubam tudo”. O princípio é o mesmo: é precisamente os eventos mais improváveis que normalmente urge segurar, porque são os que mais expõem a nossa fragilidade financeira.

Falando um pouco mais de empresas e menos de famílias, o papel do gestor de risco é então começar por inventariar tudo o que possa pôr em risco as pessoas e os ativos da empresa (que podem ser ameaçados por uma enorme variedade de fatores). Danos ao meio ambiente, segurança das instalações, danos reputacionais com a imagem da empresa colada a fenómenos negativos, ações que não respeitam as leis do sector, grupos de consumidores descontentes, clientes chave com problemas financeiros, política de investimentos pouco conscienciosa, ameaças informáticas à segurança da informação, controlo de boas práticas de Gestão de Recursos Humanos, falta de planos de contingência, contratos mal redigidos.

A lista é infindável e todos estes fatores e muitos outros, num limite extremo, podem perigar a continuidade da empresa. Um contrato redigido com pouco cuidado pode expô-lo mais tarde a uma indemnização de milhões ao seu maior cliente. Porquê deitar fora o trabalho de décadas para poupar na política de gestão de risco? As melhores empresas investem todas e cada vez mais nesta área.

O papel de um gestor ou equipa de Gestão de Risco (que nas organizações pequenas é igualmente necessário mesmo que seja numa função Part-Time ou subcontratada) é então de inventariar todos os riscos que possam afetar a empresa e falar com especialistas nas várias áreas (legal, financeira, segurança, informática, formação, ambientais, crédito, entre outros e seguros, claro). Nenhum gestor de risco sabe o suficiente sobre estes temas para estar bem salvaguardado, deve antes saber o suficiente para reconhecer quem são os especialistas e trabalhar em conjunto com os mesmos.

Nos seguros acontece a mesma coisa: existe muito oferta, os produtos são complexos e têm muitos detalhes e só um especialista dominará todos esses detalhes. Aliás, não encontrará um especialista que domine todos esses produtos pelo que terá de falar com mais de um interlocutor. O especialista em seguros de Crédito pouco saberá de seguros para Produtos Industriais, o de Construção pouco saberá de Proteção Contratual.

A continuidade de uma organização tem de ser uma peça central da sua estratégia e isso não se compadece com uma estratégia de escolher o mais barato. Comece por orçamentar o mais adequado para o que precisa e só no fim compare preços. E assegure que, quando está a comparar preços, está a comparar alternativas iguais ou pelo menos muito semelhantes.

Por Gonçalo Baptista, Director Geral

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