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Blog - Para quê? Como? Quanto? Onde? - Parte 1: Para quê?

Para quê? Como? Quanto? Onde? – Parte 1: Para quê?

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Parecem perguntas óbvias e fáceis de responder, mas frequentemente não estão presentes no processo de decisão de compra e escolha de um seguro. Os seguros são uma parte importante da vida das pessoas e das organizações. No caso das pessoas, protegem o património acumulado ao longo de anos de trabalho.

Quando compro um seguro de Responsabilidade Civil para cães de raça perigosa, não estou a proteger o cão nem as vitimas. O cão? Se atacar alguém, o seguro não lhe vai servir de nada. As vítimas? A sua obrigação de pagar as despesas médicas ou outras necessárias para a vítima retomar a sua vida, existe sempre. Os prejuízos causados à vítima tem de pagá-los, por isso a vítima vai sempre recebê-los, com ou sem seguro.

Quem está então a proteger ao comprar o seguro?
A si próprio, claro! A sua conta bancária, o seu nível de vida atual, o seu pé-de-meia para um futuro de rendimentos incertos. O seguro só protege a vítima em última instância, no sentido em que o responsável, se não tivesse o seguro, poderia não conseguir pagar os prejuízos. Por exemplo se a vítima foi hospitalizada com ferimentos graves e ficou incapacitada para o trabalho durante vários meses – tudo isso custa muito dinheiro e o dono do cão não tinha esse dinheiro.

O princípio é sempre o mesmo e aplica-se a todos os seguros. Nas organizações e empresas, não é exceção. Se compro um seguro de Responsabilidade Civil Profissional ou um seguro para as paredes da minha fábrica, estou a segurar em primeiro lugar o meu Balanço. Nos dois exemplos tão simples e distintos, eu preciso respetivamente de indemnizar o meu cliente, se lhe causar um prejuízo ou preciso de uma fábrica nova para operar, em ambos os casos com ou sem seguro. O seguro serve então para prevenir que tenha de assumir eu as despesas, quando posso não conseguir ou não me dar jeito fazê-lo. Talvez até pudesse reconstruir a minha fábrica do meu bolso mas para isso tenho de usar o dinheiro que precisava para melhorá-la e aumentar a eficiência e competitividade da empresa, para fazê-la crescer. Ou mesmo sobreviver, face a uma nova concorrência mais agressiva. Nas organizações parar de evoluir é morrer e nada disto está indissociado – são tudo consequências possíveis de uma gestão de risco pouco refletida.

Os seguros, mesmo os para terceiros, servem sempre para nos protegermos a nós próprios e vivemos num mundo competitivo e endividado, onde há pouca margem de manobra para fazer face a imprevistos.

O que está descrito acima é, claro, uma simplificação extrema, mas este ponto de partida tão simples é essencial: só compreendendo o que estamos a proteger, podemos então definir bem o “como fazê-lo”, quantificá-lo e decidir com quem. Deixamos isso para outras conversas?

Por Gonçalo Baptista, Diretor geral

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