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AI nos seguros. Será que vamos ficar sem trabalho?

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Todos já ouvimos falar de Inteligência Artificial (AI). Algo que até há pouco tempo era considerado futurista, mas que hoje faz parte do nosso dia a dia: desde motores de busca, Chat GPT, automóveis e, até, aquele aspirador que temos lá em casa.

Em todos os sectores observamos uma autêntica corrida de adaptação e utilização de AI, quer nos seus produtos/serviços, quer nos seus sistemas, e tudo isto para demonstrar modernidade e, principalmente, pelo receio de ficar para trás e perder este “comboio”.

Nos seguros, esta realidade não é diferente. A revolução da AI não é apenas iminente, tanto que já aqui está. Mas a pergunta que muitos fazemos é: “Será que vamos ficar sem trabalho?”

Como afirmou Clive Humby “Data is the new oil”, e a verdade é que isto de trabalhar os dados e conhecer os clientes e as suas necessidades é hoje, mais do que alguma vez na história, um fator decisivo nos seguros. E sim, a AI faz isso muito melhor que nós humanos.

Por mais equipas de atuários fantásticos e analistas de dados e de risco que tenhamos, a tendência será mesmo que a AI consiga fazer essa gestão de forma mais eficiente.

No marketing, por exemplo, os processos de segmentação, análise e antecipação de necessidades dos clientes, criação de campanhas personalizadas, produção de textos e, até, vídeo, voz e imagens, já são desenvolvidas sem grande esforço.

Portanto… Se calhar devemos todos começar a ficar mesmo preocupados, não?

Mais do que tudo, e antes de avançarmos com cenários apocalípticos onde a AI vai acabar com os empregos e dominar o mundo estilo Skynet – para quem viu o filme do Exterminado percebe a referência -, devemos pensar que a chegada da tecnologia e, principalmente, da inteligência artificial é uma mais-valia para o nosso mercado que, em muitos casos, ainda está a percorrer o caminho da digitalização.

A adoção da AI promete transformar as operações das seguradoras, corretores e até mesmo mediadores, desde a formulação de apólices até ao processamento de sinistros, o que revela uma era de eficiência e personalização sem precedentes.

Desde a já falada personalização – com a capacidade de analisar vastas quantidades de dados -, a AI vai facilitar a criação de apólices altamente personalizadas que atendam às necessidades específicas de cada Cliente. Isso não só melhora a experiência dos Clientes, mas também otimiza a cobertura e os custos das apólices, ajudando os atuários a ajustar melhor as suas tarifas e coberturas.

Desde a melhoria da rapidez e a eficiência do processamento de sinistros, a automatização através da AI pode processar reclamações de forma mais eficaz, reduzindo os tempos de espera e aumentando a satisfação do Cliente. Isto dá aos gestores de sinistros a oportunidade de se focarem em casos mais complicados, como prevenção e deteção de fraudes, ou de acederem de forma muito mais rápida à informação necessária.


No caso dos subscritores, teremos avaliações de Risco melhoradas com a utilização de algoritmos avançados. A AI proporciona uma compreensão mais precisa do risco, permitindo aos subscritores uma maior precisão na hora de cotar um risco.

Por fim, com a implementação de sistemas baseados em AI, os clientes podem desfrutar de um atendimento sem precedentes.

Quanto à minha pergunta inicial…

Na verdade, e não conseguindo responder a esta questão a 100%, acho que podemos ficar tranquilos. Os seguros são, e vão, continuar a ser um negócio de pessoas e a AI não é o “bicho papão”, mas sim uma poderosa ferramenta que nos pode ajudar a fazer mais e melhor.

Só o futuro dirá, mas tal como quando chegou a primeira máquina de escrever, o primeiro computador ou, até mesmo o Excel, a resistência e o medo estão sempre lá.

A AI e as suas vastas potencialidades e ferramentas vai alterar o funcionamento do nosso sector, mas vai servir essencialmente para os nossos profissionais dos seguros serem ainda melhores.

Por João Coutinha, Marketing Digital

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