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A vida de um peixe pequeno num aquário…igualmente pequeno!

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Há alguns anos, o CEO de uma grande companhia do nosso mercado, de forma a justificar a expansão internacional da mesma, referiu em entrevista que já seriam um peixe muito grande para este pequeno aquário que é o mercado segurador português.

Mas, e então como será a vida de um peixe pequeno e raro, como é uma MGA (Agência de Subscrição), nesse mesmo aquário?

Dando continuidade à metáfora, começo por destacar o que considero serem as maiores vantagens dos peixes de menor dimensão e, simultaneamente, raros:

Agilidade:

Bem, desde logo o pequeno possui uma agilidade que os peixes grandes não têm, pelo que se adapta muito mais rápido, quer seja a escapar dos maiores, seja a encontrar alternativas para ser visto, e distinguido, de fora do aquário.

Raridade:

Sendo uma espécie rara, não pode ser encontrada em qualquer aquário, e como tal, é outra vantagem – deslumbra quando é encontrado/visto.

Exclusividade:

Por outro lado, para além da raridade, pode também conter características especiais que o tornem exclusivo; imaginemos por exemplo a cor, e que consegue destacar-se em alguns momentos ou zonas do aquário.

Apetite:

É igualmente natural que um peixe mais pequeno não necessite de tanta comida – tenha menos apetite – e como tal não necessita de se preocupar com o alimento na mesma dimensão.

Ora, todas estas características/vantagens se aplicam a uma agência de subscrição, como é o caso da Innovarisk.

Primeiramente, a agilidade a reagir ao mercado, seja com o lançamento de novos produtos, como exemplo novos seguros obrigatórios, seja a adaptar a oferta a novas coberturas ou desafios do próprio mercado. É também uma realidade que o foco está apenas em alguns produtos, alguns de nicho, o que apesar de algumas desvantagens concorrenciais, faz com que seja trilhado o caminho na excelência dessas áreas.

Por serem estruturas muito mais pequenas que seguradoras, não conseguem uma presença física tão abrangente, o que significa que não estão acessíveis a todos os players da área da mediação; é então por isso que canalizam grande parte dos seus esforços no crescimento da rede de parceiros. Por outro lado, não existe a pressão dos grandes números, onde por vezes se cometem loucuras resultantes do mercado, e como tal, existe uma continuidade da política exibida ao longo do tempo, o que mostra sinais de resiliência e estabilidade.

Existe dentro das agências de subscrição imenso espaço/oportunidades para fazer algo novo – como seja analisar novo apetite de subscrição – mas que assenta sobretudo em estar focado no processo e não nos objetivos – olhar para os meios e não para os fins. Os objetivos são, certamente, cumpridos quando o processo é bom, está oleado, e decorre sem quesitos.

O mercado português em não vida, assenta o seu crescimento em saúde e acidentes, e tendo em conta as respetivas sinistralidades, é/será maioritariamente pela via do incremento das tarifas; nos restantes ramos o crescimento é menos significativo: não há grandes oportunidades de negócio novo, e como tal, os negócios vão permutando entre os vários seguradores.

Com isto, podemos concluir que, de facto, o mercado português segurador em não vida é mesmo um aquário, e com pouco espaço, uma vez que estamos a assistir a diversas aquisições e fusões, onde os peixes grandes estão a canibalizar-se, com vista a ganharem dimensão no aquário.

Por Joel Lopes, Subscritor de Patrimoniais para Empresas

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