A palavra que não queremos pronunciar

Não queria iniciar este texto com uma frase alusiva à pandemia: porque já acabou e porque estamos todos cansados do tema.

Aliás, falou-se tanto dela que, só de ouvir as primeiras sílabas da palavra PAN-DE-MIA, o enjoo volta.

A verdade é que, por muito mau que tenha sido, a “palavra que não quero pronunciar” trouxe algumas coisas boas.

Poucas.

Uma ou duas.

Pronto, uma trouxe de certeza: fez-nos apreciar as pequenas coisas.

Não estou a falar dos momentos em família, porque estaria a mentir.

Depois de passarmos 24 sobre 24 horas, durante meses a fio, com os nossos entes mais queridos, rapidamente mudámos a expressão “entes mais queridos” para “pessoas com quem partilhamos um espaço e que toleramos cada vez menos”.

Falo de paz de espírito.

Porquê? Porque, para evitar um massacre, foi preciso isolar-nos do isolamento.

Para os mais sortudos, o jardim foi o lugar de eleição, para os outros, foi a varanda. E para os menos sortudos… não sei… o duche?

Alguns aproveitaram o tempo “livre” para aprender a cozinhar, outros puseram a leitura em dia, mas 90% da população escolheu a bricolage e a decoração.

De repente, todos éramos uns queridos a mudar as nossas casas, uns decoradores de interior e uns paisagistas.

Uma mesa com cadeiras para tomar o pequeno-almoço, uma vedação na varanda para mais privacidade e, para os mais sortudos com jardim, um toldo aqui ou uma espreguiçadeira ali. O que poupámos em passes sociais, gasolina, sapatos ou casacos, gastámos em móveis de exterior.

Porque paz de espírito também é sinónimo de proteção, não a queremos quebrar com um sinistro indesejado. A cobertura de habitação da Innovarisk protege automaticamente os bens ao ar livre no valor correspondendo a 10% do valor de recheio.

Para que mesmo sem informar a Seguradora do vosso novo passatempo, o investimento esteja protegido.

Por Caroline Fernandes, Subscritora de Arte & Clientes Privados