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Blog - A importância de um pedido de cotação bem estruturado

A importância de um pedido de cotação bem estruturado

Indústria Patrimoniais

Uma apólice é o conjunto formado pelas condições particulares, especiais e gerais do ramo em questão. Este conjunto de condições tenta espelhar no papel o risco a segurar da forma mais clara possível. Visto de outro prisma, a apólice trata-se de um compromisso/contrato entre duas partes – o tomador e a seguradora –, que só terá significado palpável perante um infortúnio, por conseguinte, é essencial que o contrato seja transparente e que cada parte saiba o que lhe confere.

Naturalmente, as seguradoras com base na experiência que vêm adquirindo em cada ramo, ao longo dos anos, aplicam um conjunto de critérios e exclusões transversais a todas as suas apólices daquele ramo.

No entanto, é relevante realçar que algumas destas exclusões podem ser ajustadas e/ou derrogadas casuisticamente, já que originalmente foram estipuladas pela Seguradora para todos os casos, numa lógica de gestão da sua carteira de riscos, mas em algumas situações podem não fazer sentido.

Esta análise casuística é feita pelo departamento de subscrição da seguradora, cujo papel é precisamente definir os termos e condições a incluir na apólice. Se o subscritor não souber o que está efetivamente a tratar, irá, regra geral, defender-se ao imaginar um caso gravoso, e tal conduzirá a um agravamento das condições a apresentar (ou até mesmo à não aceitação do risco).

É então indispensável que um pedido de cotação se apresente bem estruturado, com coberturas pretendidas, questionários de risco preenchidos, fotografias se estivermos perante um risco patrimonial, histórico de sinistralidade e, se possível, as condições que o cliente procura ao nível de prémio e franquias e que o levariam a trocar a sua apólice atual por uma nova com outra seguradora. Estes dados são importantes para as seguradoras poderem ajudar os clientes e os intermediários envolvidos, e não por mesquinhez das mesmas. Um risco patrimonial de uma carpintaria, por exemplo, que chegue sem informação, o subscritor pode considerar a sua não aceitação por achar que é algo antigo, sujo (com serradura por todo o lado), desarrumado e com medidas de proteção insuficientes e, no entanto, até pode ser o oposto: algo bastante organizado, com áreas delimitadas, sem sujidade, aspiração com deteção de faísca e outras medidas de proteção ajustadas, resultando em que o risco possa, eventualmente, ser aceite.

No final, o resultado ideal será aquele em que o cliente fica com a apólice ajustada ao que efetivamente é o seu risco, e em que é transparente o que está ou não seguro/coberto. Por outro lado, a companhia tem conhecimento efetivo do que está a segurar, resultando então numa simbiose perfeita, que não levará a desacordos futuros no momento do sinistro.

Quando tal não acontece – por norma é precisamente em pedidos de cotação menos completos e analisados pelo departamento de subscrição –, uma das partes sai fragilizada do compromisso, sendo regra geral o tomador de seguro, com as exclusões/limitações impostas nas apólices.

Assim, para finalizar, quem sai a perder com um pedido de cotação menos bem estruturado é o cliente, pelo que é fundamental alertar todos os envolvidos no processo disso mesmo.

Por Joel Lopes, Subscritor de Patrimoniais para Empresas

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